sábado, julho 14, 2007

A festa de S. João e a batalha de Ponte Ferreira

Através do blogue Sobrado em Linha tive conhecimento da série de três trabalhos publicados pela Voz de Ermesinde, acerca dos acontecimentos ocorridos nas terras que hoje integram o município de Valongo, aquando das lutas entre liberais e miguelistas, em plena guerra civil (1832-1834).
E dei-me conta de um facto relevante que se expressa num número redondo: faz dentro de dias 175 anos que se deu a batalha de Ponte Ferreira, situada em S. Martinho de Campo, mas muito perto do extremo sul de Sobrado. Pelo referido estudo, ficamos a saber que a freguesia sobradense foi, por assim dizer, acampamento das tropas de D. Miguel. E isso faz vir à lembrança uma lenda sobre esses tempos, de que alguns mais velhos de Sobrado ainda se lembrarão.
Dizia-se, para provar como a festa de S.João é tão antiga e está tão entranhada na população local, que, tendo a batalha de Ponte Ferreira coincidido com o dia da festa, se ouviam no Passal os tiros dos canhões combatentes e que havia mesmo habitantes obrigados a abastecer em carros de bois as tropas de D. Miguel. Mas nem por isso a festa deixou de se fazer como nos demais anos.
Ora, se são certos os dados constantes da comunicação referida, essa lenda assenta em factos não verdadeiros. E isto porque a batalha de Ponte Ferreira não ocorreu em Junho, mas em Julho de 1832. Podia-se dizer que, sendo uma data próxima, seria provável que por alturas do S. João desse ano já houvesse hostilidades. Mas isso é pouco provável, já que o desembarque dos liberais em Pampelido só se verificou a 9 de Julho daquele ano.
Mas alguma relação haverá, para que o acontecimento tenha perdurado em associação com a memória desta festa.

14 comentários:

Anónimo disse...

Acabei hoje de publicar os textos das lutas liberais, na verdade não são três mas sim quatro, foram publicados ( como referi no blogue) pelo jornal a voz de Ermesinde durante quatro das suas edições. Realmente ao ler também me lembrei imediaamente dessa história de Sobrado, segundo o documento há uma " lacuna" de um mês mas desde o ano que o s. joão foi comemorado a dia 25 para mim, tudo é possivel...

Anónimo disse...

Descobri hoje este blog e fiquei duplamente surpreendida pela sua existência. Primeiro porque há uma necessidade premente neste tipo de iniciativas e segundo pela sentida e justa homenagem ao falecido Bugio Sr. Lindoro da Ribeira. Como amiga intima testemunho de que homens como ele há poucos e a comunidade dos Bugios ficou certamente mais pobre com a sua precoce partida. Não posso contudo deixar de fazer um pequeno reparo quanto ao escasso tributo ao tão ilustre Bugio, no dia em que nos deixou.

Enquanto Sobradense preocupo-me com o rumo levado a cabo para que esta tradição não se perca. Como bem sabem, só os cá da terra vivem esta festa com um fanatismo (saudável, claro) extraordinário e muito os fazia felizes se soubessem que o seu Santo está bem protegido.

Deixo pequenas sugestões do que se possa fazer (se é que ainda não foi feito) :

- assegurar a conservação e protecção desta tradição como património cultural, junto dos órgãos competentes
- exposições itinerantes pelo país fora
- criação de artesanato
- museu do traje, fotografias, pinturas
- organizar melhor a festa, noitadas e principalmente no dia 24
- proibir as roulotes e tendas ao longo da via onde vai passar a "Dança de entrada", e colocar bancadas para que as pessoas possam assistir com qualidade a um dos pontos mais altos da festa e que atrai milhares de pessoas
- chamar mais órgãos da comunicação social para publicitarem a festa
- Identificar todo o percurso feito pelos bugios e mourisqueiros ao longo do dia e respectivos rituais para quem vem de fora poder acompanhar

Enfim, há todo um conjunto de iniciativas que a mim parecem urgentes de serem feitas e que delas depende a conservação desta festa única no país e mundo fora.

Sem mais delongas, saudações sobradenses!

Oh oh oh oh!!! O Santo é nosso!!!

RG

Adenda: eu ando por aqui...

Anónimo disse...

Cara anónima, fico contente que se identifique e que queira preservar a festa, no entanto devo esclaecer alguns pontos.
1. Exposições itenerantes - Esteve no ano passado no mercado Ferreira Borges, no Porto uma exposição intitulada " a máscara ibérica", na qual estiveram representados bugios e mourisqueiros, através da exposição de trajes, venda de artesanato ( pinturas em lousa) e livros da festa, actualmente a exposição decorre em Lisboa.
2. Museu do traje - Uma das finalidades da casa do bugio é essa, a criação de um museu que preserve as memórias da tradição, aliás apesar de ainda não funcionar como tal, a actual direcção tem demonstrado preocupação na recolha de dados e materiais.
3.Noitadas e festa, organização - Na minha modesta opinião não são as noitadas o mais importante, o que dá valor ao nosso S. joão é a diferença dos outros, neste caso a festa de dia 24. Quanto à organização da festa, em 2006 foi feito um grande esforço por parte da comissão para reorganizar o espaço dando valor ao que de facto interessa ( as bugiadas), este ano, foi o que se viu...Outro ponto, bancadas, realmente ficava " bonito" mas há factores que as impedem, primeiro as milhares de pessoas ( pode imaginar a confusão que seria?), o espaço, que é exíguo e em frente às moradias e para mim o factor mais importante , descaracterizar a festa, a criação das bancadas cria uma barreira entre espectadores e figurantes, essa barreira não existe, todos são participantes, o S. João não é um espéctaculo do tipo " sambódromo", é essa espontaniedade de desorganização organizada que nos caracteriza.
3. Orgãos de comunicação social vs conservação vs banalização da festa - Já ouviu falar dos caretos? Concerteza que sim, há cerca de 25 anos ninguém os conhecia, só lá iam os verdadeiros interessados nas tradições locais, e na preservação das tradições tais como são, no entanto, nos últimos anos o que aconteceu!? Os caretos comecaram a ser chamados para tudo quanto é sítio, actuam em qualquer local, seja ele televisão ou evento, resultado, descaracterização da festa em contexto real. Não quero com isto dizer que se deve "esconder" a festa, não, mas sim ter conta peso e medida na maneira como se divulga, e princiaplmente zelar para que a festa seja como sempre foi, dos sobradenses, com os sobradenses e em Sobrado. E chamar a comunicação social para " publicitarem" a festa não me parece de todo uma boa ideia, talvez quem sabe, fazer algum documentário ( aliás como já foi feito)mas uma coisa como já disse com conta peso e medida, não mostrar só por mostrar.
Temos uma festa única é importante, acima de tudo que a saibamos preservar e preservar por vezes é " guardar" para não estragar...
4. Percursos - de facto tem sentido, para mim nem tanto como " mapa" para " turista" ver, mas para colocar em papel os percursos realizados ao longo do dia.
Bem julgo que abordei todas as suas sugestões,espero que não fique melindrada, não é essa a minha intenção mas sim, o debate aberto. Um grande bem haja...

Anónimo disse...

Concordo com quase todo o que disse, apenas discordo no ponto em que refere que a festa deve ser só com os sobradenses e dos sobradenses.Compreendo que para quem é de fora pode não viver tão intensamente a festa mas não deixa de saber o enorme significado que a festa tem,e com algumas visitas a Sobrado também pode passar a amar/adorar a festa!
Quanto à colocação de bancadas,acho isso impróprio para este tipo de festas, mas barreiras talvez fosse a solução,apenas durante a dança de entrada,porque assim permitia que mourisqueiros e bugios pudessem dançar sem serem impedidos de prosseguir ou até mesmo magoar alguém,e quando terminasse as danças bastava arrastar as barreiras para as bermas.
Sílvia

Anónimo disse...

Olá Silvia, permita-me rectificar uma coisa, eu não disse que a festa deveria ser só com sobradenses, disse sim que a festa é dos sobradenses ( não é dos gandarenses nem dos valonguenses), o " com sobradenses" não quero dizer que apenas os naturais de sobrado participem na festa e gostem da festa, não, mas que esses é que devem defender os interesses e perservar a festa ( já viu algum velho da bugiada ou reimoeiro sair na 1ª dança de fora da freguesia!?, não porque todos são sobradenses ou têm família em Sobrado e cresceram com a festa, embora existam muitos bugios de valongo, de gandra, de lordelo e de rebordosa, só quem é da terra ou tem fortes ligações à terra percebe o que é ser de facto bugio).
Quanto às barreiras talvez não as colocasse. Acho que a festa deve continuar como sempre foi, sem barreiras a separar, somos um todo e um todo não se separa ( não acha?), as pessoas têm de saber como estão, onde estão e serem conscenciosas ( bugios, mourisqueiros, e povo), como em tudo há e haverá sempre quem o é e quem não é.
Costumo acompanhar a festa desde manhã até à noite e como em anos anteriores assisti a algumas coisas que não me agradaram enquanto sobradense, pessoas que se puseram onde não seria suposto estarem,coteveladas, empurrões, mas é uma festa que envolve milhares de pessoas, é impossivel ter controle, resta-nos o civismo.

Anónimo disse...

Já percebi que qualquer opinião que uma pessoa dê para se melhorar a festa,não é bem recebida por parte dos sobradenses,porque não seria por haver uma barreira que a festa perderia o sentido, pelo contrário as pessoas assim sabiam que não podiam ocupar a estrada porque algo iria acontecer,mas é claro que isso obrigaria a uma melhor organização e mais empenho por parte de todos! Mas foi uma tentativa de minha parte,que já tinha sido sugerida por outras pessoas no colóquio sobre os mourisqueiros que houve na semana da festa.
A sua intenção do que disse sobre a festa ser dos sobradenses até pode ser outra, mas para quem lê interpreta de outra maneira. Tem toda a razão quando diz que nunca houve nenhum rei que não fosse de Sobrado,mas eu também não coloco isso em questão ,porque as tradições são para se manter.
Sílvia

Nuno Queirós disse...

Bem .. Tenho passado por aqui ultimamente e teho tambem lido os comentarios que têm sido colocados .. De facto os sobradenses nao aceitam uma opinião pois pensam que a festa é so deles e mais ninguem .. O que acontece é q a festa acontece na vila deles mas todos têm oportunidade de se mostrar e de mostrar o gosto que têm pela festa . Acredito e afirmo cada vez que nao é o facto de se ser de Sobrado que faz com que a festa seje mais ou menos apreciada do que uma pessoa de fora .. Como posso colocar aqui o facto de ter familia em Sobrado e de ter convivencia com muitas pessoas dai que me respondem quando coloco o tema “Bugiadas” ao que me respondem “mudemos de tema” ou “nao vejo onde esta a graça de falarmos disso agora” .. Por isso ser sobradense ou nao nao implica que o amor e a paixao seja maior .. é claro que há anos que a festa decorre assim e pronto compreendo .. mas tem que haver sempre alguem que tome iniciativas que façam com que a festa melhore cada vez .. Como sendo um bugio afirmo que neste ano de facto houve uma desorganização total .. a dança de entrada estava completamente desorganizada pois as pessoas encontravam-se em cima da estrada impossibilitando assim mostrar aos apaixonados sobradenses o quao bonita é a dança de entrada ficando assim os estranhos das outras terras a ficarem com uma impressao de desorganização .. A colocação de Barreiras seria o ideal: e muito sinceramente nao vejo onde isso iria colocar em perigo a perda da tradição da festa .. umas barreiras sao so umas barreiras nao sao outra coisa do outro mundo .. E tambem so seriam utilizadas na dança de entrada e depois se houvesse ainda uma maior organização total decerteza que os sobradenses arranjariam alguem para as retirar, a nao ser que isso fosse dar muito trabalho ..
Quanto à questao de os de fora irem de bugios e mourisqueiros irem mais tarde de Velho/Rei Mouro ate compreendo porque se sempre foi assim nao iria ser agora que isso ia mudar .. Mas ninguem ta a abrir a hipotese que os bugios venham por exemplo de gandra, etc para sobrado , claro que nao , apenas porque é que se alguem tiver familia em sobrado porque sera que nao podera ir de Velho/Rei Mouro ? Pelo facto de ter no B.I que é natural de Valongo ? Nao me cheira que isso seja uma boa hipotese ate porque ser sobrado ou nao, nao interfere no amor que as pessoas têm pela festa . Sim digo isso pessoalmente porque sou de valongo vou de bugio e sinto imensa saudade quando a festa acaba ao contrario de muitos sobradenses que conheço que vêm o final da festa com uma naturalidade que muitas vezes até dó mete ..
Ah ate porque o facto de o Velho/Mourisqueiro ser de sobrado nao implica que a festa sai melhor, ate porque como posso deixar aqui a minha opiniao o Velho deste ano nao prestou uma prestação nem tao pouco razoavel .. De facto discordo completamente com o facto de ter sido a segunda vez que foi de Velho e tambem para o que foi la fazer muito sinceramente nao percebi muito bem .. Foi tirar vez a quem gosta daquilo .. Eu compreendo como era a segunda vez ele pensou “bem ja fui uma vez agora tambem porque me esforçar”! Sim porque as danças nao sairam 100% correctas porque nao vi la muita especialidade no Velho deste ano a dançar .. E vejam : ERA DE SOBRADO!
Bem sou o Nuno Queiros natural de Valongo, um bugio presente e apaixonado da festa que tem um blog www.bugiosemouros.blogspot.com onde mostro fotos que revelam o meu enorme interesse pela festa . E faço isto com muito gosto e tenho muito orgulho de poder ajudar a revelar a quem nao conhece o inumero valor da festa!
Agradeço a compreensao!
Nuno Queirós

Manuel Pinto disse...

Tenho vindo a apreciar a conversa que por aqui tem existido, porque ela mostra que é possível apreciar a festa de Sobrado, ter, sobre este ou aquele aspecto, opiniões diferentes e conseguir debater ideias de forma civilizada.
Claro que hoje não faz muito sentido pretender contrapor o (grande) amor dos sobradenses pelo S. João ao (pequeno) amor dos de fora. Há gente em Sobrado que não aprecia a festa e que está contra ela mesmo quando quer mostrar que a aprecia. Como há gente de outras terras que mantém uma grande ligação a tudo o que se passa aqui, no dia de S. João. Eu creio que a ideia de colocar barreiras para a Dança de Entrada pode ser discutida. Nâo sei se será tão viável como pode parecer à primeira vista. Mas julgo que aquilo que leva a São a mostrar reticências é que isso vai acabar por ser o abrir da porta para criar essas barreiras nos outros momentos da festa. Lembram-se da peregrina ideia, aqui há uns anos defendida por alguns, de criar uma espécie de "bugiódromo"? É uma questão de começar.
Eu vi que este ano houve algumas dificuldades e que os Guias tiveram de arrostar com muita gente metida à frente do seu percurso, mas não me pareceu mais grave do que em anos anteriores. Se se começar a criar o hábito de que a faixa de rodagem é para os Bugios e Mourisqueiros as pessoas já sabem que têm de se arrumar.

Anónimo disse...

Caro Nuno, eu nunca disse que os de fora da terra têm menos paixão ou sentem menos a festa, não, o que eu disse e continuo a afirmar é que a festa tem raízes sobradenses e não valonguenses ( percebe é diferente).
Quanto à questão dos velhos e dos reimoeiros, há uns anos havia um grande velho da bugiada ( Norberto Santiaga), não sei se conheçe, que tem morada em Moreiró, embora seja Sobradense, no dia da festa saía da casa de um familiar. Como vê não sou assim tão elitista como está a tentar mostrar, acredito que tenha uma enorme paixão pela festa e que a sinta, conheço muita gente que não é de cá que também a sente assim, não é esse o caso, o caso é que quem ama a festa ( principalmente os sobradenses porque a festa é da terra) deve preserva-la. è unicamente isto que defendo.
Quanto ao velho deste ano, não duvido que tenha paixão pela festa, se não tivesse nao ia de bugio ( não acha?)mas, como em tudo nem sempre temos jeito para tudo o que gostamos ( eu gosto muito de ballet mas sei que não sei dançar), o Brito foi na vez dele ( mais uma), tirando ou não a " vez" a alguém lá foi e fez o papel dele como podia e sabia ( ninguém pode fazer mais do que aquilo que sabe não é.... Passou e para o ano há mais, bom ou mau foi o que tivemos.
Finalmente as barreiras, como disse e repito não vejo necessidade para isso, essa ideia de uma festa " para inglês ver" não tem aplicação na festa, como já disse várias vezes a festa é uma desorganização organizada ( a festa organiza-se por si mesma, viu ainda este ano quando foi preciso vir uma ambulância ao adro durante a sapateirada, o passal estava cheio de gente, mas rapidamente os bugios abriram caminho), e quem a vem ver tem de estar preparado para isso. Concordo com o que o prof. Manuel pinto diz, quando há dúvidas quanto ao caminho que as coisas podem tomar, o melhor é não abrir precedentes, e a festa sempre foi assim... desorganizada, bizarra e fora dos parametros normais dos ideias pré definidos de festas e romarias.
E para terminar, conheço o seu blogue, tive conhecimento através deste blogue, costumo visita-lo, por isso mesmo não ponho em causa a sua paixão pela festa, mas mais uma vez repito ( estou a tornar-me muito repetitiva) é preciso conta peso e medida. Um grande Bem haja

Anónimo disse...

P.s. em reposta à Silvia e ao Nuno, os sobradenses aceitam ideias, debatendo-as ( não é isso que temos feito?), vocês apresentaram uma ideia e a vossa opinião quanto a ela, e eu a minha opinião. Se não aceitasse ideias nem sequer me dava ao trabalho de as discutir, mas reservo o direito de discordar de algumas (posso? ;)). Se assim não fosse não tinha concordado com a ideia de fazer uma espécie de roteiro com as danças ( é uma boa iniciativa!), agora dizer que sim a todas as ideias que surjem também não me parece boa escolha, as coisas devem ser debatidas e bem pensadas...
Outra coisa que quero ressalvar, eu nunca disse que os sobradenses têm mais amor à festa e os de fora menos, o que eu disse é que cabe aos sobradenses ( em grande parte) resguardar eventuais " atentados" ás tradições da festa e aos seus rituais.
um bem haja para os dois e... boas ideias! ;)

Anónimo disse...

Oh São (João), por mais que se justifique nunca consegue afastar a ideia de que é melhor que os outros, que gosta mais da festa que os outros, que manda mais na festa que os outros, que percebe mais do assunto que os outros e por isso a sua opinião é que prevalece e ponto final. Ainda não a vi aceitar nenhuma sugestão e tão pouco dizer que vai trabalhar mais afincadamente para isso.

Não basta dizer "não me parece" pois o que parece é que as propostas aqui apresentadas além de boas são certamente possíveis de concretizar mas apenas dão é algum trabalho e sem este nada feito.

Assim um pouco de humildade não lhe fazia mal nenhum...

Anónimo disse...

Cara Luísa, creio que me exprimi mal ( fui mal entendida nas minhas palavras) . Ao contrário do que possa pensar não tenho qualquer cargo que me possa dar poder de decisão quanto ao que se poderá ou deverá fazer, sou tão " leiga" quanto a maioria dos amantes da festa. Preocupo-me apenas em estar informada, e em defender aquilo que penso ser o mais correcto ( em conversa apenas, porque como disse não tenho qualquer poder decisivo). Nada mais, no entanto reservo-me o direito de discordar com algumas ideias ( não de todas, de algumas, se tem lido o que comento deve ter reparado que concordei com a necessidade de se fazer um roteiro com as danças, é uma óptima ideia, assim como concordei com o museu etnográfico e com a recolha de materiais ligados à festa e com a realização de exposições, e com o artesanato, e com a publicidade da festa com conta peso e medida ( estas últimas já a ser feitas, segundo me consta))- não obstante discordo das barreiras e do "bugiódromo" ( como apelidou o Prof. Manuel Pinto), e assumo essa discordância, não como falta de humildade, mas como defesa de ideais ( que aliás julgo serem correctos- mas admito que até não possam ser. Finalmente, e para terminar não me julgo acima de ninguém muito menos mais entendida que alguém ( apenas expressei as minhas ideias explanando as minhas razões na minha discordância com este ou aquele ponto, nada mais). Lamento que a minha posição seja entendida por alguns como arrogante, mas, como disse reservo-me o direito de exprimir as minhas ideias e de as defender,sabendo claro, de antemão que não é o que eu digo ou deixo de dizer que vai interferir no decorrer da festa, como tal, lá continuarei animadamente os meus " sermões" aos peixinhos na esperança, que quem sabe um dia alguém os ouça com ouvidos de ouvir...
Um bem haja para a Luísa.

P.S O trocadilho com o nome estava engraçado mas, com efeito não tenho João no nome.

Anónimo disse...

Descobri o blogue há algum tempo, desde esse dia tenho-o visitado frequentemente, também sou sobradense e gosto muito da festa por isso é com muito agrado que vou lendo o blogue que vai apresentando notícias pertinentes. Aproveito o meu primeiro comentário para dizer duas coisas, a primeira para dar parabéns pelo blogue que está muito bem construído e que "capta" quem o lê, e a segunda que não fiquei indiferente aos comentários desta notícia ( apesar de não terem muito a ver com a notícia), são pertinentes e levantam questões importantes sobre a organização da festa, gostava que fossem " pensados" por quem é de direito, por mim, gostava que tudo continuasse como sempre foi, uma festa linda e única em tudo.
Continuação de boas notícias,
Ana Sofia Costa

Anónimo disse...

TRADIÇÕES em Memória do POVO ANTIGO, Nossos ANTEPASSADOS!! VALENTES e Audazes!! Levaram a Cruz de CRISTO!!! aos Sete Mares do Mundo, Nunca tão Poucos Fizeram Tanto. PORTUGALcomAmor

PARABÉNS! a todos que se esforçam para manter as Tradições .

Quanto à organização deve manter o espaço livre para os Bogios passarem e não premetir que o pessoal , ande pelo meio da estrada, é desilegante, falta de respeito e é muito feio. A Festa é Linda, Maravilhosa, para Cuidar e todo Povo Participar da História e Tradições, que é a Riquesa de um Povo. Tudo faz parte da Identidade do Povo Português!!!!
Portugueses Em Frente e com Força, todos unidos, com determinação, fé e Esperança.

DePortugalComAmor