quarta-feira, junho 19, 2013

S. João, o Batista e Precursor

São João, que se celebra anualmente a 24 de junho, foi o primeiro anunciador e apontador de Jesus Cristo, um santo com características especiais porque dá testemunho da luz e da verdade, refere o biblista Armindo Vaz. Para o padre e professor universitário, a figura de São João conjuga austeridade, humildade e alegria e é extremamente importante “não por si e nem por si”, mas por aquilo que “ele anuncia e indica”, revela à ECCLESIA.
A Igreja Católica, acrescenta, dá-lhe “grande relevo” e é o “único santo, para além de Jesus, que tem vigília”, sublinha o religioso carmelita.
A Igreja percebe a “centralidade da figura de João Batista na história da salvação” porque ele “aparece como o último elo do AT [Antigo Testamento] que aponta para o novo”, prossegue.
Ao elevar São João à categoria de santo popular, o biblista Armindo Vaz realça que a festividade deste santo “leva a celebrar com alegria a vida humana”, uma nota que brota dos “textos bíblicos”.
Numa intervenção dedicada a este santo, em 2012, o Papa emérito Bento XVI destacou a figura de São João Batista, elogiando a “grande humildade e ardor profético” do precursor de Jesus, e lembrou que este é o único caso, à exceção da Virgem Maria, em que o calendário litúrgico católico festeja o nascimento de um santo.
“Fá-lo porque este nascimento esta estreitamente ligado ao mistério da incarnação do Filho de Deus”, justificou.
Bento XVI disse que os quatro Evangelhos “dão grande relevo à figura de João Batista, como profeta que encerra o Antigo Testamento e inaugura o novo, indicando em Jesus de Nazaré o Messias”.
São João, acrescentou, batizava no Rio Jordão, “chamando as pessoas a prepararem-se, como esse gesto de penitência, para a vinda iminente do Messias que Deus lhe tinha revelado durante a sua permanência no deserto da Judeia”.
Neste local, frisou o Papa, foi chamado “batizador” e ali receberia o próprio Jesus Cristo. “A sua missão não estava ainda cumprida: pouco tempo depois, foi-lhe pedido que precedesse Jesus também na morte violenta”, referiu Bento XVI, ao evocar a prisão e decapitação de São João, ordenadas pelo rei Herodes.
Fonte: Semanário Ecclesia, 13.06.2013

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