terça-feira, fevereiro 05, 2008

Máscaras transmontanas no Museu Soares dos Reis



O Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, tem aberta a exposição "Rituais de Inverno com Máscaras", a mesma que, há pouco mais de um ano assinalou a a reabertura do Museu do Abade de Baçal, em Bragança. Máscaras há-as ali de madeira, zinco, vime, palha, cortiça ou mesmo borracha e conseguem a proeza de abarcar as expressões mais diversas, desde o simples ridículo ao grotesco.
O certame pode ser visitado até 20 de Abril, às terças das 14h às 18h, e de quarta a domingo, das 10h00 às 18h00.
O Público traz, na edição de hoje, um trabalho do jornalista Sérgio C. Andrade sobre esta iniciativa. É dele este trecho:
"A máscara esconde a identidade de quem a usa, e representa alguém ausente, um espírito", explica Paulo Costa, do IMC, na visita guiada de abertura da exposição. Cria, por isso, um mundo de liberdade de expressão, de libertação de energia aos caretos e aos "chocalheiros" que a usam. Vestem fatos normalmente confeccionados com retalhos e desperdícios de vestuário, franjados de cores vivas, verde, vermelho, preto, amarelo... Numa descrição dos caretos e chocalheiros que usam estas vestimentas nos três dias de Carnaval, Benjamim Pereira diz que eles se apresentam "aos olhos das gentes das aldeias em que sobrevivem como uma verdadeira entidade mágica, sombria e inquietante, temida mas necessária".

Disfarces

"En las carnavaladas modernas algunos se disfrazan de aquello que habrían querido ser y no han sido. Otros se apropian de personajes o símbolos para ridiculizarlos. Otros, finalmente, buscan la ocultación para conseguir impunidad y anonimato a su conducta desinhibida, abusiva, grotesca o delictiva. Sin embargo, estos desahogos puntuales tienen menos repercusión en nuestra personalidad que los disfraces que nos fabricamos para vivir, habitualmente subconscientes".
Jairo del Água, in Eclesalia, 4.2.'08