sexta-feira, dezembro 28, 2007

Referências aos franceses

Sob o título "Os franceses no Porto em 1809", escreveu Alfredo Alves em O Tripeiro (nº 2, 10 de Julho de 1908):
"Mal os granadeiros de Soult apareciam, as altas barretinas empenachadas, os cabelos em trança, as mochilas felpudas, as largas correias brancas, cruzadas sobre o peito (...)".
Não parece uma descrição quase perfeita dos trajes dos Mourisqueiros? Influências das Invasões Francesas? Um tema a explorar, quando se assinalam os 200 anos desses acontecimentos.

domingo, dezembro 23, 2007

O Velho da Bugiada

O Velho foto Fábio Dias
[Recorte sobre uma foto de Fábio Dias, do Blog do S. João de Sobrado, onde se podem apreciar outras fotos interessantes]

Solstícios

Acabámos de passar, no hemisfério Norte, o solstício de Inverno. Ou seja, o ponto em que o Sol se encontra mais afastado do equador. Corresponde ao dia mais pequeno do ano e, inversamente, à noite mais longa [isto para os povos do nosso hemisfério, já que no Sul, acontece precisamente o contrário]. A partir de agora, os dias começam a crescer, até ao solstício de Verão, ou seja, até ao S. João.
Para assinalar estes momentos, quer o solstício de Verão quer o de Inverno, povos e culturas dotaram-se, ao longo dos tempos, de uma diversidade incrível de manifestações, de festas e de rituais. O Natal era, outrora, nas culturas ditas pagãs, a festa do Sol invencível, tendo-se tornado, com o Cristianismo, a festa do nascimento de Jesus, dado que, como escreve hoje Frei Bento Domingues, no Público, "para eles, o verdadeiro e invencível sol da vida é Jesus Cristo, começo de uma era nova".
O reverso do Natal é o S. João - a festa da luz e do calor, igualmente tempo de rituais e de festas. Como a de Sobrado. Se o Natal é a festa da promessa e da esperança (a natureza parece morta e, no entanto, carrega-se de vida), o S. João é a festa da explosão da vida e da exuberância.
Não é certamente por acaso que no solstício de Verão se tenha posicionado a festa do Santo Precursor, estabelecendo, assim, uma relação entre os dois momentos do ciclo astral e litúrgico.
É claro que a electricidade acabou, de certo modo, com a distinção do dia e da noite e o ar condicionado (para quem o tem) elimina as diferenças entre as estações. Os rituais não desapareceram, mas mudaram e continuam a mudar, de forma acelerada. Ainda assim, os ritmos sazonais continuam a pautar a vida de muita gente.
A partir de agora, sempre a crescer e a acelerar para o S. João.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Blogs sobre a Bugiada apostam na fotografia

Uma longa fase de hibernação tem caracterizado o blog Festa do S.João em Sobrado, caracterizado sobretudo pelo investimento na fotografia sobre a festa. Enquanto o seu autor, Nuno Queirós, anuncia a retomada da actividade para Janeiro, eis que surge um concorrente: Fábio Dias decidiu, em Outubro último, arrancar com Blog do S. João de Sobrado. A aposta é também na fotografia legendada. Vale a pena espreitar.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Informação sobre a festa em Inglês e Alemão

Os mais atentos terão reparado que inserimos, aqui na coluna da esquerda, links para sites que fornecem alguma informação (texto e imagem) sobre a Festa de S. João de Sobrado em Inglês e em Alemão, respectivamente. Pode ser útil para os visitantes fortuitos que não dominam o portugês e para que os sobradenses e outros interessados na festa possam enviar estas indicações a estrangeiros. Os emigrantes, por exemplo. Um dia destes, temos de falar da festa em francês.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Máscaras

Escreve Manuel António Pina, na sua coluna do Jornal de Notícias: "O problema das máscaras é a sua força assimiladora, a sua capacidade para absorverem o rosto que sob elas se oculta até ao ponto de o histrião acabar por se confundir com ela e sob ela restar apenas o vazio (de personalidade ou, no caso da política, de ideias, hoje inteiramente substituídas por interesses)".
Certo.Mas a máscara sempre foi ambivalente. Ora disfarça (a identidade, o vazio, o medo) como transfigura e prenuncia (o ser novo, diferente, melhor). Em Sobrado como nutras paragens. Mas, hoje, não é improvável que, perdidos ou esvaziados os rituais transfiguradores, a máscara se confunda com a cara. Sem disfarces. Cara e careta: uma mesma coisa. Será assim?