" (...) Na Europa encontramos tradições de máscaras e mascarados em todos os países e com diversas designações. Na Península Ibérica, surgem-nos como objectos rituais (ligadas a magias e superstições),como objectos usados nas representações dramáticas (designadamente no teatro) e ainda nas manifestações profanas de bailes e folguedos carnavalescos. As máscaras portuguesas nada têm a ver com influências da nossa presença em Africa ou no Extremo Oriente por serem, em muitos séculos, anteriores à expansão colonial. Em alguns lugares sobreviveram, até aos nossos dias, como elementos essenciais da festa. É o caso da região transmontana, onde surgem na Festa dos Rapazes (simulando figuras grotescas e, muitas vezes, animais), na Festa de Santo Estevão, no Natal, Ano Novo e Reis.
Começavam a despontar em Janeiro e mantinham-se até à Quarta-Feira de Cinzas, sobretudo como figurões da Morte e do Diabo. E até se usavam nas festas dos Santos Populares (pelo S. João, na famosa e fantástica Bugiada de Sobrado, em Valongo, os bugios aparecem mascarados sob os mais exuberantes disfarces). Num documento de 1788, há notícias de festas realizadas em Junho, na vila de Serpa, dedicadas a Santo António e S. João, mencionando farsas com mascarados e touradas em que os toureiros se mascaravam.(...)"
(Crédito da foto: Joana Bourgard/JN)
sexta-feira, novembro 27, 2009
Máscaras - "elementos essenciais da festa"
No dia em que, em Lisboa, é apresentado o livro Máscara Ibérica II, aqui fica este extracto de um texto de Helder Pacheco, publicado em 1991, no Jornal de Notícias:
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário